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4 principais exames que avaliam a audição

A realização de exames de audição permite diagnosticar e tratar precocemente problemas do ouvido. Cada exame audiológico realizado pelo médico ou fonoaudiólogo possui um propósito e podem se complementar quando necessário para o diagnóstico adequado. Veja mais informações sobre 4 importantes exames de audição no diagnóstico de alterações no ouvido.

Audiometria

Exame que avalia o qual a menor intensidade em que a pessoa é capaz ouvir tons puros e a capacidade da pessoa de perceber e reconhecer os sons da fala. Quanto menor a intensidade necessária para que pessoa ouça o som, melhor sua capacidade auditiva. Por meio da audiometria é possível saber o grau e o tipo da perda auditiva de um indivíduo. É uma avaliação que depende de ações realizadas pelo paciente, sendo considerado, portanto, um exame subjetivo.

Existe mais de um tipo de audiometria, os mais comuns são a audiometria tonal e vocal, mas em crianças os testes podem ser adaptados, leia mais em nosso artigo: “Quais são os tipos de audiometria?

Imitanciometria / Impedanciometria

Exame que avalia as condições da orelha média, verificando o funcionamento do tímpano, da cadeia de ossículos e da tuba auditiva. Também é chamado de Impedanciometria. Na imitanciometria também é a realizada a pesquisa do reflexo estapediano. O reflexo estapediano é uma contração do músculo estapédio, localizado na orelha média, induzido por um som intenso.

É um exame que faz parte da avaliação audiológica básica, complementando a audiometria. Utilizado para identificação de doenças do ouvido, como otite média e otosclerose, entre outros.

PEATE / BERA

PEATE é a sigla para Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico, em inglês é chamado de Brainstem Evoked Response Audiometry (BERA). É um exame que avalia a integridade da via auditiva desde o nervo auditivo até o tronco encefálico. A informação sonora recebida pelo ouvido é encaminhada ao cérebro pelo nervo auditivo e tronco cerebral, o PEATE mede os sinais elétricos desse caminho do som.

Muito indicado para avaliar a capacidade auditiva, principalmente quando a audiometria não é possível ou apresenta resultado não conclusivo e verificar a integridade e funcionamento do nervo auditivo.

É um exame objetivo, ou seja, não depende de ações do paciente para obtenção das respostas. Mas precisa que o paciente não se movimente durante a realização do exame, evitando até mesmo movimentar os olhos. Por isso é recomendado que crianças e bebês estejam dormindo para que o exame seja realizado, podendo em alguns casos ser necessária a utilização de sedação.

Teste de Emissões Otoacústicas

As emissões otoacústicas foram descritas como a “liberação de energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato acústico externo” pela primeira vez por David Kemp, em 1978. Essa energia sonora pode ser evocada por diferentes estímulos sonoros e ser medida por sonda colocada no meato acústico externo (canal auditivo externo) nos testes de emissões otoacústicas.

Os testes de emissões otoacústicas oferecem dados importantes sobre a presença e funcionalidade das células ciliadas externas da cóclea, sendo um exame utilizado na Triagem Auditiva Neonatal, conhecido como “Teste da Orelhinha”. A Triagem Auditiva Neonatal com intuito de detectar precocemente alterações auditivas em bebês recém-nascidos.

A observação das emissões otoacústicas depende da integridade da orelha média para que a energia sonora produzida pela cóclea chegue à sonda no canal auditivo. É importante também que o teste seja realizado em ambiente silencioso e com o paciente relaxado, com a recomendação de ser realizado em bebês durante o sono.

Confira o artigo relacionado:

Check-up auditivo em crianças: quais exames podem ser realizados

Mariane Gomes | Fonoaudióloga | CRFa 6-7530