Sarampo e o risco para audição
O sarampo é uma doença infecciosa grave e altamente contagiosa. Apesar de em 2016 ter sido considerada uma doença erradicada no Brasil, desde 2018, estamos enfrentando surtos de Sarampo. Muitas pessoas desconhecem que a doença pode ser fatal ou ter graves complicações, incluindo a surdez.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2016 o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS. Mas desde 2018 o Brasil tem enfrentado a reintrodução do vírus do sarampo, com a ocorrência de surtos em vários estados, com um total de 18.203 casos confirmados em 2019. As ações de vacinação têm sido intensificadas para interromper a cadeia de transmissão do sarampo: uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.
O Sarampo é extremamente contagioso, sendo transmitido por contato pessoal próximo ou direto com secreções expelidas durante a fala, tosse, espirro. É uma doença infecciosa, causada por vírus, que pode ter como sintomas febre alta, secreção nasal, tosse, olhos vermelhos e lacrimejantes, manchas brancas dentro das bochechas e a característica erupção cutânea (exantema).
Segundo a Organização Mundial da Saúde o sarampo continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças com menos de 5 anos de idade, apesar de haver uma vacina segura e eficaz disponível. Aproximadamente 110 mil pessoas no mundo morreram por sarampo em 2017 – a maioria crianças com menos de 5 anos.
Entre as complicações que podem ocorrer está a surdez em consequência de encefalite e de otite. A encefalite é uma infecção cerebral, acompanhada de edema, que pode lesar as vias auditivas centrais, causando a perda auditiva. O sarampo pode complicar também para diarreia grave (que pode provocar desidratação grave) e infecções respiratórias, como pneumonia. (OMS).
A vacinação é a única maneira de prevenir o Sarampo e o SUS disponibiliza a vacina para a população pelo esquema:
• Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral).
• Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice
• Pessoas de 10 a 29 anos – duas doses das vacina tríplice
• Pessoas de 30 a 49 anos – uma dose da vacina tríplice viral
Pelo SUS, as vacinas são gratuitas, seguras e estão disponíveis nas mais de 36 mil salas de vacinação em postos de saúde em todo o Brasil.